um poema
"Estação"
Esperar ou vir esperar querer ou vir querer-te
vou perdendo a noção desta subtileza.
Aqui chegado até eu venho ver se me apareço
e o fato com que virei preocupa-me, pois chove miudinho
Muita vez vim esperar-te e não houve chegada
De outras, esperei-me eu e não apareci
embora bem procurado entre os mais que passavam.
Se algum de nós vier hoje é já bastante
como comboio e como subtileza
Que dê o nome e espere. Talvez apareça
(Mário Cesariny)
p.s.: "fato", nesse poema, tem o sentido da palavra em Portugal: "terno" (a roupa, não o ato de ternura). o "fato" como o conhecemos cá no Brasil ali em Portugal é conhecido por "facto".
Esperar ou vir esperar querer ou vir querer-te
vou perdendo a noção desta subtileza.
Aqui chegado até eu venho ver se me apareço
e o fato com que virei preocupa-me, pois chove miudinho
Muita vez vim esperar-te e não houve chegada
De outras, esperei-me eu e não apareci
embora bem procurado entre os mais que passavam.
Se algum de nós vier hoje é já bastante
como comboio e como subtileza
Que dê o nome e espere. Talvez apareça
(Mário Cesariny)
p.s.: "fato", nesse poema, tem o sentido da palavra em Portugal: "terno" (a roupa, não o ato de ternura). o "fato" como o conhecemos cá no Brasil ali em Portugal é conhecido por "facto".
Etiquetas: bronze
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home