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a vontade de não escrever é grande, mas o impulso natural é bem outro.
*
ano passado eu peguei uma camiseta na Zara apenas pelo que estava escrito nela: "Regallo dell'amico riservato" ("presente de amigo secreto" em italiano). óbvio que eu não iria dar de presente pra ninguém e que não era uma mensagem cifrada - apenas gostei de achar uma estampa em italiano e sem palavrões ou coisas às quais me oponha. e a camiseta ficou um tanto justa, embora não a ponto de inviabilizar seu uso.
uns meses depois eu fui adicionando umas libras ao meu peso e ela ficou ridícula em mim, assim como aquela camisa social rosa que peguei lá também. fiquei um bom tempo sem vesti-las por causa disso, até que ontem vesti a camiseta e, surpresa, ela está um pouco folgada - e não foi por acostumar-se com a minha pança. coloquei-a e me vi no espelho: magro, afinal.
claro que ainda há um looooongo caminho a se percorrer, mas foi estranho me ver magro depois de quinze anos, haha. ou dois, depende do ponto de vista.
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o tema do Manhattan Connection de ontem foi "pessimismo". um mês depois de o Brasil ter feito estacagada decisão política, o panorama no assunto não é muito animador. mas a política teve pouco espaço na discussão otimismo / pessimismo que pautou o programa, e eu gostei de um negócio que o Diogo Mainardi levantou: a questão das expectativas.
é óbvio que 2006 tem sido o melhor ano da minha vida, mas não era tão óbvio que um ano tão bom assim fosse uma ratoeira armada para me pegar em 2007: acordei ontem para a verdade acaciana de que preciso zerar minhas expectativas pro ano. não só por algumas dificuldades que imagino que vão aparecer como porque um ano tão bom quanto o atual só faz crescer a pressão por um subseqüente tão bom ou ainda melhor.
felizmente eu trouxe o Tao Te King surrupiado do meu tio aqui para Brasília, e já vou tomar as medidas necessárias para me esvaziar das high hopes e viver um pouco melhor.
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começou a temporada aeroportuária, e ontem descobri que os pontos meu cartão de crédito pode me dar muito mais do que um desconto de 50 reais numa máquina de panificação: com a conversão de seis mil deles para o frequent flyer da TAM e mais uns vôos que tinha feito, cheguei aos dez mil pontos ao comprar minha passagem para Deprelândia. ou seja, um trecho nacional a ser resgatado. como devo voltar de lá com os Chad, vou deixar a passagem à disposição. nunca se sabe quando é preciso voar daqui para Noronha, não é verdade?
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o silêncio pode, sim, incomodar. e chegar a te dar vontade de estar num concerto de hardcore, só para que algo seja dito, escrito, lido. na real, não precisa nem ser o silêncio sonoro.
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ano passado eu peguei uma camiseta na Zara apenas pelo que estava escrito nela: "Regallo dell'amico riservato" ("presente de amigo secreto" em italiano). óbvio que eu não iria dar de presente pra ninguém e que não era uma mensagem cifrada - apenas gostei de achar uma estampa em italiano e sem palavrões ou coisas às quais me oponha. e a camiseta ficou um tanto justa, embora não a ponto de inviabilizar seu uso.
uns meses depois eu fui adicionando umas libras ao meu peso e ela ficou ridícula em mim, assim como aquela camisa social rosa que peguei lá também. fiquei um bom tempo sem vesti-las por causa disso, até que ontem vesti a camiseta e, surpresa, ela está um pouco folgada - e não foi por acostumar-se com a minha pança. coloquei-a e me vi no espelho: magro, afinal.
claro que ainda há um looooongo caminho a se percorrer, mas foi estranho me ver magro depois de quinze anos, haha. ou dois, depende do ponto de vista.
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o tema do Manhattan Connection de ontem foi "pessimismo". um mês depois de o Brasil ter feito esta
é óbvio que 2006 tem sido o melhor ano da minha vida, mas não era tão óbvio que um ano tão bom assim fosse uma ratoeira armada para me pegar em 2007: acordei ontem para a verdade acaciana de que preciso zerar minhas expectativas pro ano. não só por algumas dificuldades que imagino que vão aparecer como porque um ano tão bom quanto o atual só faz crescer a pressão por um subseqüente tão bom ou ainda melhor.
felizmente eu trouxe o Tao Te King surrupiado do meu tio aqui para Brasília, e já vou tomar as medidas necessárias para me esvaziar das high hopes e viver um pouco melhor.
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começou a temporada aeroportuária, e ontem descobri que os pontos meu cartão de crédito pode me dar muito mais do que um desconto de 50 reais numa máquina de panificação: com a conversão de seis mil deles para o frequent flyer da TAM e mais uns vôos que tinha feito, cheguei aos dez mil pontos ao comprar minha passagem para Deprelândia. ou seja, um trecho nacional a ser resgatado. como devo voltar de lá com os Chad, vou deixar a passagem à disposição. nunca se sabe quando é preciso voar daqui para Noronha, não é verdade?
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o silêncio pode, sim, incomodar. e chegar a te dar vontade de estar num concerto de hardcore, só para que algo seja dito, escrito, lido. na real, não precisa nem ser o silêncio sonoro.
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