quinta-feira, fevereiro 23, 2006

a sigh of relief
"California Dreamin'" - The Mamas and the Papas

futebolisticamente, o melhor momento do meu time, dentre os que vi jogar, foi o ano entre o segundo semestre de 2002 e o primeiro de 2003. de um time sem estrelas, apostando em um veterano, um quase-isso e uma molecada, fez-se um campeão brasileiro e um vice da Libertadores (que eu comemorei como um título).

o grande mérito do Santos dessa época foi ter crescido no momento certo: o time classificou-se para a fase dos playoffs do Brasileiro de 2002 na oitava colocação - eram oito que classificavam-se. a partir daí, massacrou o São Paulo, que fez quinze pontos a mais na primeira fase, destruiu o Grêmio num primeiro jogo em Santos e administrou a vantagem no sul para, nas finais, sodomizar o Corinthians em dois jogos no Morumbi. melhor impossível: arrebentar um gaúcho e o arqui-rival na reta final do campeonato...

ando me sentindo como o Santos de 2002, essa semana: comecei bem desacreditado, pessimista, esperando o primeiro caminhão para me jogar na frente dele. mas o espírito de verão (Dodgy - "Good enough") foi embora com o horário de economia de energia elétrica, e o que tenho agora é que o ano começa no próximo dia 6 de março (estamos no Brasil, onde o primeiro dia do ano é a primeira segunda depois do Carnaval).

negócios engatilhados. negociações avançadas. ataque em vários flancos, para extrair do lado adversário o máximo que for possível. business, man. e não só. agora estou pronto para continuar extraindo da vida tudo aquilo que ela me deve, com juros e correção monetária. ou, no dizer do mestre Humberto Gessinger, "em dobro e em dólar". e como diz o mantra do Kid, "uca, uruca, sai pra lá toda urucubaca, leva embora esse azedo da alma dos perdedores e afoga essa raça nojenta que venera o amarelo dos próprios olhos no infinito saco de frustrações que ele construíram."