quinta-feira, janeiro 21, 2010

Copenhague

ontem à noite rolou a segunda edição da Toranja, festinha no Balaio Café promovida pelos ilustres Ricardo Henrique e Ivan Bicudo. na semana passada me bateu uma leseira, mas ir à edição desta semana era algo que se impunha: chamei o Thiago e fomos para lá nos divertir um pouco. vamos aos destaques da noite:

- tinha bastante gente no lugar, mas não era aquela sobrelotação de uma festinha em casa de neguinho, como a da 307 norte duas semanas atrás. na real, ontem tava o equilíbrio perfeito entre gente e espaço para transitar;
- uma das coisas mais legais do Balaio é a diversidade de cervejas: são quatro ou cinco opções de sucos de cevada a quem frequenta. sem vontade de ficar doidão, tomei apenas uma Heineken e completei a noite com água mineral, enquanto meus amigos tomavam tanto a holandesa quanto a Kaiser Gold, em promoção;
- falando em amigos, estavam quase todos lá: além do Thiago e dos promotores, estavam lá Márcio, Bruno, Pedro Ivo, Aline, João Paulo e mais uma galera. e pude rever o Marcelo Arantes, que em quinze minutos me expôs umas teorias sociológicas de Brasília, bastante verdadeiras. saí de lá com a impressão (sem ironia) de que estava falando com o Alain de Botton da 403 sul. ele tá se mudando para o Rio, já que tocar música clássica por aqui é algo virtualmente impossível... e lá existem ouvidos suficientes para se formar um mercado. em Brasília, para quando?
- na hora em que fui apresentar o Ricardo Henrique ao Thiago, falei "sou fã dele, tento imitá-lo há dez anos" e ele, sem graça, tentou se esquivar dizendo que faz o possível, ou algo assim. nisso passou uma dona, e o Ricardo deu uma olhada no derrière dela, fazendo uma cara que quase me matou de rir. por isso é que eu acredito quando ele diz que acha que um close no Lúcio Mauro vale por cinquenta tiradas do Woody Allen;
- como é tradição do Balaio, rola uma mesa de pingue-pongue para os presentes mostrarem sua ginga desportiva, especialmente depois de embriagados. o Bruno ficou, pelas minhas contas, trinta e seis partidas seguidas lá, tirando todo mundo que o ousasse desafiar. mentira, não fiz contas, mas ele ficou uma era jogando;
- lá embaixo, Ivan e Ricardo mandavam de instrumentais da trilha do "Flores partidas" a Beck, de XX a Marina Lima tocando "Fullgás". nesta última a galera fez um trenzinho, e eu fui junto, feliz da vida, e adorando ouvir essa coisa tão inesperada;
- em cima, o público não chegou a invadir a pista da comercial, conforme testemunhado e documentado por A Pira em janeiro passado, tampouco rolou blitz policial pra pegar gente doida ao volante. mas era bom demais ver tanta gente desconhecida, ainda mais para quem, como eu, vê Brasília como uma cidade em que todo mundo está a no máximo dois graus e meio de separação;
- tinha uma garota alemã com uns amigos do Thiago, e ela estava dançando com um cara. ficamos os dois observando a dancinha do casal, ela dando em cima dele descaradamente... e nada. chamava ele, passava os braços em torno do pescoço, bebia, soltinha como você não espera de uma alemã... e o cara nada. fomos descobrir, no final da noite, que o cara é boiola - e não havia nenhum poliglota para explicar isso à moça.

a festa acabou às três, conforme a Lei Arruda, mas acabou que ficamos conversando do lado de fora do Balaio até três e meia, quando voltei para casa, a tempo de acompanhar o jogo da Venus Williams no Aberto da Austrália. foi uma p*** noite, e espero que a da semana que vem esteja no mínimo nesse nível. VIVA A NOITE!

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