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matriculei-me em uma escola de lobistas, para aprender sobre o ofício e me tornar um. as aulas começariam ontem, mas o medo dos porcos que espirram fez com que a coordenação da escola resolvesse adiar tudo para a semana que vem. assim, e sem ter avisado à turma do ocorrido, o coordenador do curso resolveu que haveria uma palestra sem compromisso de um lobista de responsa e um coquetel logo em seguida.

o palestrante realmente é o cara: trinta anos de experiência, trânsito fácil no meio, alinhado, de ótima dicção. ele fez uma apresentação sobre os principais desafios, requisitos e coisas inerentes à profissão, dizendo o que é preciso para se dar bem no negócio (qualquer hora eu escrevo sobre isso por aqui, já que anotei tudo), depois franqueou a palavra aos interessados.

por mais que os outros alunos tenham direito a se expressar e falem bem, detectei de cara um pequeno grande problema: algumas pessoas ali se acham. vamos ver como elas vão se comportar no decorrer do curso e em eventuais exercícios práticos, mas minha aposta é de que não vão mudar nada. fora isso, por mais que um debate de alto nível seja salutar e bem-vindo, descobri que não tenho paciência e prefiro me concentrar no que diz o palestrante. isso é um defeito, e eu preciso mudar.

logo depois, um coquetelzinho tentou fazer com que as pessoas socializassem. algumas conheciam um ou outro no meio dos colegas, eu não. e estava com uma sacola bem grande nas mãos (não confio nos estacionamentos da escola), morrendo de vontade de ir embora dali. aproveitei a saída do palestrante dali do coquetel, fiz uma pergunta a ele e o acompanhei até o estacionamento. infelizmente eu não posso publicar o teor da minha indagação e o do que me foi respondido, já que isso fatalmente me traria problemas.

estou animado com o curso, mesmo sabendo que é um passo muito pequeno para conseguir o que mais desejo: sair da Telerj no médio prazo. mas, ainda que não seja um passo grande, é um passo à frente... já é alguma coisa.