religião
a convite do Craudio, fui com ele e Felipe assistir à Missa Tridentina, ontem à tarde, no Lago Sul. como todo mundo aqui sabe, sou agnóstico (embora diga que sou ateu, mas apenas porque odeio a sonoridade da palavra "agnóstico") e meu problema com a Igreja Católica não é de pontos de vista: concordo com eles quanto à posição sobre o aborto, sobre o casamento sodomita, sobre a ordenação de mulheres e uma série de outras coisas; minhas duas únicas divergências até o momento (sobre eutanásia e pesquisa com células-tronco) eu preciso estudar melhor até me posicionar sobre o assunto. o que me falta, na real, é fé.
mesmo sem fé alguma, um convite para assistir uma cerimônia com mais de mil e quinhentos anos é algo irresistível, e lá fui eu, devidamente empoleirado (envergando terno e gravata numa tarde de domingo). e foi uma cerimônia muito bonita, que me deixou com os olhos vermelhos ao final. como venho da cidade que toma para si a pretensão de ser a cidade mais católica do país, missa, antes de eu me tornar ateu, foi o que não faltou. mas a de ontem foi a primeira onde senti uma crença, de coração, das pessoas que ali estavam. não era um evento social, não era uma propaganda da Teologia da Libertação, não era uma aeróbica da Renovação Carismática: era apenas a profissão de fé de um grupo de pessoas - e não é disso que a missa trata? pois bem: se fosse para descrever a "Missa de Sempre" em duas palavras, seriam "fé" e "foco".
dentro de duas semanas, esta Missa, rezada quase toda em Latim (o Missal trazia a tradução para o português e a explicação da função de cada passagem ali incluída), poderá ser rezada nas paróquias de todo o mundo, visto que acaba o prazo da vacatio legis do decreto canônico que a reestabeleceu. eu não sei se, com essa história toda, eu posso ser "convertido", mas ganhei algo para se pensar. e o Marcelo ganhou algo para ir - essa missa é a cara dele.
mesmo sem fé alguma, um convite para assistir uma cerimônia com mais de mil e quinhentos anos é algo irresistível, e lá fui eu, devidamente empoleirado (envergando terno e gravata numa tarde de domingo). e foi uma cerimônia muito bonita, que me deixou com os olhos vermelhos ao final. como venho da cidade que toma para si a pretensão de ser a cidade mais católica do país, missa, antes de eu me tornar ateu, foi o que não faltou. mas a de ontem foi a primeira onde senti uma crença, de coração, das pessoas que ali estavam. não era um evento social, não era uma propaganda da Teologia da Libertação, não era uma aeróbica da Renovação Carismática: era apenas a profissão de fé de um grupo de pessoas - e não é disso que a missa trata? pois bem: se fosse para descrever a "Missa de Sempre" em duas palavras, seriam "fé" e "foco".
dentro de duas semanas, esta Missa, rezada quase toda em Latim (o Missal trazia a tradução para o português e a explicação da função de cada passagem ali incluída), poderá ser rezada nas paróquias de todo o mundo, visto que acaba o prazo da vacatio legis do decreto canônico que a reestabeleceu. eu não sei se, com essa história toda, eu posso ser "convertido", mas ganhei algo para se pensar. e o Marcelo ganhou algo para ir - essa missa é a cara dele.
Etiquetas: bronze
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