aeroporto 77
uma mudança no vôo, uma brecha no itinerário: será que agora o amor decola?
*
tentando oscilar o mínimo possível, subindo e descendo na média ponderada. decorando frases, medindo gestos, estudando apostilas e o comportamento humano.
mesmo assim o sangue ferve: é a parte italiana que se pronuncia. ainda bem, ou não agüentaria ver meus dias identificados com o paradigma da bundamolice. então estou lá, no meio do campo de batalha, pedras na mão. para cada uma que jogam na minha direção, devolvo três. para cada uma que me acertam, devolvo nove: todas certeiras. tem dias em que a pontaria está afiada, hoje é um deles.
"você está tenso". não, não estou. mas, como diz o Marcio, "adoro ter razão", adoro ganhar uma discussão. e assim me vejo fazendo alianças com quem, noutras circunstâncias, faria guerra. qual o verdadeiro interesse dele? faço uma idéia do que seja. mas procuro ignorar. falo algo inócuo, ele vem com belicismos: contesta minha inocuidade e contra-ataca. exponho minha posição e digo para acabarmos o assunto ali - é hora de nos unirmos contra o adversário comum, depois cada um que brigue por Roma.
Roma, aliás, é anagrama de amor. não poderia haver melhor motivo para uma briga, ainda que subsidiário e em clina de guerra fria.
*
procuro palavras em minha pasta. duzentos discos dentro dela e nenhum com alguma música com a qual me identifique no momento. às vezes é tão difícil sentir alguma coisa... mais ainda tentar estabelecer conexão com alguma imagem exteriorizada dela que não a velha tevê fora do ar. e assim deixo um disco qualquer enquanto lembro da última batalha e planejo a próxima.
*
sanduíche de atum do Subway: altamente recomendado. com pimenta calabresa, queijo prato e alface, nada além.
*
a cem metros, ela é bonita. a quinze, bem interessante. a cinco, muito gata.
mas nada se compara com ela a apenas oitenta centímetros: linda. mas quem chega muito perto, dizem, pode vir a ficar muito longe pouco tempo depois.
*
mando uma frase do Joãozinho Trinta no meio de uma discussão sobre direito econômico e da concorrência. sem citar o autor, ela mais parece coisa do meu ídolo Paulo Francis. e assim me chamam de "elitista", "reacionário", "alienado". é uma batalha onde gente muda enfileira predicados à minha pessoa. frente à cegueira que torna as palavras tão eficazes quanto as de um mudo, faço-me de surdo e saio de perto da turma das trevas, fitando os olhos dela e avançando rumo à vitória - que nem sempre toma a mesma direção.
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tentando oscilar o mínimo possível, subindo e descendo na média ponderada. decorando frases, medindo gestos, estudando apostilas e o comportamento humano.
mesmo assim o sangue ferve: é a parte italiana que se pronuncia. ainda bem, ou não agüentaria ver meus dias identificados com o paradigma da bundamolice. então estou lá, no meio do campo de batalha, pedras na mão. para cada uma que jogam na minha direção, devolvo três. para cada uma que me acertam, devolvo nove: todas certeiras. tem dias em que a pontaria está afiada, hoje é um deles.
"você está tenso". não, não estou. mas, como diz o Marcio, "adoro ter razão", adoro ganhar uma discussão. e assim me vejo fazendo alianças com quem, noutras circunstâncias, faria guerra. qual o verdadeiro interesse dele? faço uma idéia do que seja. mas procuro ignorar. falo algo inócuo, ele vem com belicismos: contesta minha inocuidade e contra-ataca. exponho minha posição e digo para acabarmos o assunto ali - é hora de nos unirmos contra o adversário comum, depois cada um que brigue por Roma.
Roma, aliás, é anagrama de amor. não poderia haver melhor motivo para uma briga, ainda que subsidiário e em clina de guerra fria.
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procuro palavras em minha pasta. duzentos discos dentro dela e nenhum com alguma música com a qual me identifique no momento. às vezes é tão difícil sentir alguma coisa... mais ainda tentar estabelecer conexão com alguma imagem exteriorizada dela que não a velha tevê fora do ar. e assim deixo um disco qualquer enquanto lembro da última batalha e planejo a próxima.
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sanduíche de atum do Subway: altamente recomendado. com pimenta calabresa, queijo prato e alface, nada além.
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a cem metros, ela é bonita. a quinze, bem interessante. a cinco, muito gata.
mas nada se compara com ela a apenas oitenta centímetros: linda. mas quem chega muito perto, dizem, pode vir a ficar muito longe pouco tempo depois.
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mando uma frase do Joãozinho Trinta no meio de uma discussão sobre direito econômico e da concorrência. sem citar o autor, ela mais parece coisa do meu ídolo Paulo Francis. e assim me chamam de "elitista", "reacionário", "alienado". é uma batalha onde gente muda enfileira predicados à minha pessoa. frente à cegueira que torna as palavras tão eficazes quanto as de um mudo, faço-me de surdo e saio de perto da turma das trevas, fitando os olhos dela e avançando rumo à vitória - que nem sempre toma a mesma direção.
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