segunda-feira, setembro 18, 2006

oscilatória

comprei um par de tênis no mês passado e só fui estreá-los hoje. são bons, mas confesso que estou tendo dificuldades para manter o equilíbrio, por enquanto. adaptar-se a um tênis ou sapato novo é algo que demora uma semana, pelo menos. e esse aqui é cheio de "preguinhos" de borracha na sola, mesmo não sendo um calçado desportivo. ou talvez eu esteja mesmo avoado.

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existe algo que pode acabar com o seu relacionamento com uma pessoa: associá-la a um evento negativo. aconteceu algo assim na minha vida. tem uma pessoa de quem eu gosto muito mas que, sempre que nos falamos, eu associo ela a uma derrota minha (sempre a mesma, no caso), e me sinto mal quando a gente se fala. culpa dela? em parte. a outra, claro, é minha. era uma guerra perdida, mas eu entrei - e perdi. por quê fiz isso? porque não havia escapatória. não era contra mim mesmo, não era algo facultado, não era possível contornar. mesmo assim, às vezes se acredita nessa possibilidade impossível de se mudar as coisas e dá-se a mão à essa filha da puta chamada esperança. fiz tudo que podia, e mesmo assim não consegui.

toda vez que lembro, fico pensando que poderia ter feito diferente, melhor, etc - com um detalhe importante: eu não podia. e não há muito o que fazer para mudar isso, nem mesmo esperar passar. pouca gente se lembra do que se foi conquistado, o que fica na memória, na garganta, no coração, é apenas o que se foi perdido. mesmo que sem mágoa, como é meu caso.

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não adianta reclamar de má sorte ou de esforços em vão, certo? vamos em frente.