domingo, junho 04, 2006

memorabilia
uma certa paz de espírito, apesar de ser domingo. leitura de apostilas, de revistas, de lábios; o Manhattan Connection que agora posso ver, o medo se desfazendo na frente dos meus olhos, o azul, o amarelo e o cinza se fundindo no horizonte; aves voando em torno do cerrado, o sol que se põe, a sensação de dever cumprido.

*

eu tenho um objetivo, sim, e mesmo que eu não o consiga, morrerei fundindo minha cabeça para consegui-lo. é o mínimo que posso fazer, antes que alguém a quem devo minha vida se levante da tumba e me mande lutar. é o mínimo, é o mínimo, não é nada. repetir isso trezentas vezes antes de se acovardar diante de qualquer coisa - menos, é claro, da frente dela.

*

pilhas de papéis se acumulam, tentando transmitir-me alguma mensagem. não sei do que estão falando. não sei ler código de barras, não sei o que você quer me dizer, não sei se você quer me dizer algo - mas eu adoraria ouvir. e dispender tempo assimilando isso e nos entendendo melhor. fala alguma coisa, vai. se o silêncio é sexy, uma palavra no momento certo é sublime, pra dizer o mínimo.

*

deixo transparecer meu lado dono-de-casa, preocupado com alguns detalhes que não eram necessariamente da minha alçada. talvez porque neles resida alguma diferença entre o que pode acontecer e o que efetivamente acontecerá.